Nelsinho culpa "estado frágil mental" para aceitar marmelada


O brasileiro Nelsinho Piquet disse, em carta enviada à FIA divulgada pelo site F1SA, que aceitou bater o carro de forma proposital no GP de Cingapura de 2008 porque estava "mentalmente frágil".

Nelsinho acusa a Renault de ter planejado a sua batida naquela corrida para beneficiar o espanhol Fernando Alonso. A estratégia, se confirmada, mostrou-se certeira, já que Alonso venceu a corrida depois de ganhar posições com a entrada prematura no pit stop, antes da bandeira amarela consequente ao acidente.

Na época, Nelsinho estava pressionado pela equipe devido aos fracos resultados. O piloto só havia pontuado em três provas até então: França (7º), Alemanha (2º) e Hungria (6º) e corria o risco de não ter o contrato renovado.

"No momento daquela conversa, eu estava em um estado mental e emocional muito frágil. Este estado de espírito foi provocado pelo estresse intenso devido ao fato de que o Sr. Briatore se recusou a informar-me da existência ou não da renovação de meu contrato de piloto para o ano seguinte (2009), como habitualmente ocorre no meio da temporada (entre julho e agosto)", diz Nelsinho na carta.

"Quando me pediram para bater o carro e provocar a entrada do safety car para ajudar a equipe, eu aceitei porque esperava que pudesse melhorar minha posição dentro da equipe no momento crítico da temporada. Em nenhum momento fui informado por qualquer pessoa que, ao concordar em provocar um incidente, eu teria garantido a renovação de meu contrato ou qualquer outra vantagem. No entanto, no contexto, pensei que seria útil para alcançar este objetivo. Por isso, concordei em provocar o incidente", completou.

Nelsinho teve o contrato renovado, mas diante da irregularidade na pista também em 2009 foi demitido depois do GP da Hungria, no dia 26 de julho. A carta divulgada tem data de 30 de julho, quatro dias antes da demissão oficial do piloto, no dia 3 de agosto.

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