Um bebê que nasceu prematuro de cinco meses foi dado como morto pelo hospital em Itumbiara (GO), a 197 km de Goiânia, mas seu pai descobriu que sua filha ainda respirava quando preparavam o corpo para ir ao necrotério. Maria Vitória de Oliveira, que nasceu no último sábado, havia sofrido uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada para o Hospital Materno-Infantil (HMI), na capital, em estado grave. Os pais foram hoje na delegacia de Itumbiara registrar queixa contra o médico que tinha decretado o óbito.
A mãe de Maria Vitória, Larissa Garcia dos Santos, 21 anos, foi internada na terça-feira devido a complicações da gravidez, que estava na 22ª semana. A criança nasceu quatro dias depois. Uma enfermeira teria dito à mulher que o bebê morreu após o parto, mas não a deixou ver a filha. Ainda segundo a família, Maria Vitória teria ficado mais de uma hora numa sala sozinha até o pai descobrir que ela estava viva.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que tomou conhecimento do caso e abriu sindicância para apurar o que ocorreu. O presidente da entidade disse ter contatado a delegacia regional do Cremego em Itumbiara para que fossem ouvidos funcionários e diretores do hospital, além do pai do bebê.
A direção do hospital afirmou que também abriu uma sindicância para investigar o caso. A equipe médica que atendeu a criança garante que foi uma funcionária do hospital, e não o pai, quem descobriu que a criança estava viva, antes que fosse preenchido o atestado de óbito.
A criança - que pesa 400 g e tem 27 cm - está no pronto-socorro do HMI em estado grave, mas estável. Ela aguarda uma vaga na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital, que está superlotada. A direção da unidade garante que, apesar de não estar na UTI, a menina recebe todo o atendimento médico necessário.
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